O anoitecer das estações

Uma trama se desenrola Desde sua vinda ao mundo Sua história dependia de outros Era pequeno, frágil, vulnerável.

  Me deparei mais uma vez Com a temida porta ameaçadora Minha reação foi diferente dessa vez A encarei e finalmente a abri.

  Não sei o motivo disso Há portas que tenho medo Não sei o que está atrás delas Há algo ali? Preso ou esquecido?

  E se as circunstâncias do nascimento... E se alguns eventos no passado... E se talvez as leis que regem o mundo... Fossem diferentes dos dessa vida?

  Chegou a hora de deixar para trás Os acontecimentos passados, Não considerar mais os Os fatos antigos.

  Desde pequeno cheio de perguntas Em busca de respostas para elas Com muitas dúvidas e incertezas Sobre a própria vida e a realidade.

Após sonhos fantasiosos e divertidos Acorda-se bem cedo e de madrugada O sono foi embora e pensamentos vêm.

Um convite escarlate lhe é entregue Por terceiros, próximos ou distantes Claramente uma armadilha bestial Feita por quem só ama os holofotes.

Me pergunto o que eu realmente sou? Acho que sei, mas não tenho a reposta. Eu me olho no espelho e me enxergo Perto e ao mesmo tempo distante de mim.

  Tudo começa durante o sono Um momento de descanso para a maioria E de novas experiências e descobertas Para o inocente explorador, o autor.

  Não importa o quão difícil Foi a fase anterior Pulando precipícios, derrotando inimigos A experiência ganhada valeu a pena.

  Eu tinha a crença limitante que O perdão deveria ser merecido Que deveria esperar a atitude O pedido de perdão do devedor.

  Entre várias alternativas disponíveis Simplesmente não escolher nenhuma Também é uma escolha E traz consigo consequências.

  Ausência de sentimentos e sensações Olhar distante para o irrelevante Não há calor e nem frio Sem tristeza, pois não há alegria.

  Uma pequena chama incolor se acendeu A medida que crescia e tomava forma Em chamas gêmeas se tornou, vermelha e azul Semelhantes eram ainda que em lados opostos estivessem.